domingo, 18 de maio de 2008

PerCurso "Uma Viagem com Ângela Gutiérrez: do Mundo de Flora à Fortaleza de Hoje"

Uma Viagem com Ângela Gutiérrez: do Mundo de Flora à Fortaleza de Hoje

A menina Flora nasce na Fortaleza do século XX , cresce remexendo no passado de sua família e de sua cidade e salta das páginas de dois romances – O mundo de Flora e Luzes de Paris e o fogo de Canudos – para mostrar a Fortaleza dos séculos XIX e XX que ainda vive na Fortaleza de hoje. O Passeio Público, a igreja da Prainha, o Theatro José de Alencar, o Colégio da Imaculada Conceição, a nova Sé resistem ao tempo, ainda plantados em seus espaços de origem. Mas para onde foram a velha Sé, casas antigas do centro, o Café Java? E a fonte da Lagoinha, o Arcanjo São Miguel da Prainha? Onde foram cantar os congos da igreja do Rosário? E a biblioteca de verdade que inspirou a criação da biblioteca do bisavô de Flora? E o casarão? Fantasia e memórias da cidade foram os temperos literários deste sábado.

No dia 23, último sábado desse fevereiro de 2008, um roteiro inspirado na literatura da escrtitora cearense Ângela Guitierrez. Conduzindo-nos pelos cenários da ficção que são também os da sua infância e juventude, a própria autora.





Conversa preliminar sobre os livros da autora e sua relação com Fortaleza, na recepção do Centro Cultural do Banco do Nordeste









A fonte das Sereias, que no tempo de Flora ficava na Praça da Lagoinha hoje está na Praça do BNB: nosso primeiro ponto do roteiro








Um percurso com duas viagens simultâneas: uma física, outra subjetiva












Ângela Gutierrez entrevistada pelos leitores-passageiros deste percurso




Passeio Público, cenário de passagens de "Luzes de Paris e o Fogo de Canudos" e "O Mundo de Flora": onde as personagens Branca e Morena passeavam a escutar as retretas da banda da polícia ou brincavan de decorar os nomes das estátuas mitológicas dispersas pela praça



O Baobá plantado pelo bisavô senador de Branca: o cravo brigou coma a rosa/debaixo do baobá/ o cravo saiu ferido/ e a rosa... eu não sei lá! (Luzes de Paris e o Fogo de Canudos)



Experiências de leituras compartilhadas durante o percurso



Igreja do Mondubim



A Vila Celeste, prédio hoje abandonado e à venda defronte à igrejinha do Mondubim, pertenceu a Lelé, que virou personagem na ficção de Ângela



O familiar barulho do trem, um personagem velho conhecido de Flora, Ângela e dos moradores do Velho Mondubim. Foi nessas redondezas que a autora viveu sua infância entre apitos de locomotiva, brincadeiras de roda, mangueiras, missas, quermesses...



Passagem pela Lagoa da Maraponga. Lembrança de infância do Mundo de "Flozinha" (O Mundo de Flora)


PerCurso "Pelas Ondas do Rádio"

Pelas Ondas do Rádio

O mundo do rádio na perspectiva de quem ama ouvir. Histórias de uma época de ouro e a luta pela qualidade da programação nos dias de hoje. Do lado de lá e do lado de cá, a influência de locutores, produtores, jornalistas no dia-a-dia do cidadão e o papel ativo dos ouvintes nas transformações desse meio de comunicação. Realizado em 16 de fevereiro de 2008, foi um roteiro sentimental, político e entusiasmado pelas ondas da radiofonia fortalezense, que teve como
mediador o Francisco Djacyr Silva de Souza , professor e presidente da Associação de Ouvintes de Rádio do Ceará – AOUVIR-Ce.



No ônibus, Djacyr de Souza, presidente da Associação dos Ouvintes de Rádio do Ceará, fala da luta pela qualidade da programação







Atual sede do DCE-UFC era o prédio da extinta rádio Uirapuru. O prédio em formato de rádio, com botões, dial e tudo denota através da excentricidade arquitetônica a paixão do cearense pela radiofonia





Euvaldo Martins, ouvinte de longa data e membro da AOUVIR-Ce, fala da era de ouro do rádio em Fortaleza







No Diretório Central dos Estudantes, visita à sala da antiga Rádio Uirapuru







Muitas histórias da radiofonia acumuladas ao longo da carreira, compartilhadas conosco, neste percurso, por Elias Vieira, coordenador da Rádio Dragão do Mar






Rumo ao estúdio da Rádio Dragão do Mar












Elias Vieira fala das facilidades e dos desafios que a tecnologia apresenta ao rádio de hoje








Rumo ao estúdio da Rádio Parreão








Percurseiros observam o cotidiano da Rádio Parreão, que tem a classificação de rádio educativa








A Rádio Parreão deu orígem à primeira TV pela internet do Ceará, promovendo um alcance nunca antes imaginado por comunicadores cearenses







Na Associação Curumins, visita a um estúdio-escola, que oferece oportunidades de aprendizado a jovens do Mucuripe







PerCurso "Caminhos de Chumbo"

Caminhos de Chumbo

9 de Fevereiro de 2008. Ao contrário da visão conservadora sobre a passividade do povo cearense, em diversos momentos este se rebelou contra a ordem social opressora. Nos anos 1960, quando num contexto político e cultural de rebeldia, diversos cearenses empunharam armas em grupos guerrilheiros acreditando que assim poderiam transformar a sociedade, criando um mundo mais justo. Entre os méritos da coragem e os equívocos da escolha, pelos sonhos traçados e por pesadelos vividos transitamos nesta edição do PerCursos Urbanos. Visitando pontos marcantes em nossa cidade no contexto dos “anos de chumbo”, os participante puderam acompanhar a análise de hisoriador Aírton de Farias e debater tópicos importantes na busca da compreensão de nosso passado recente.



Airton de Farias, autor de "Para Além das Armas", conduz os percurseiros por espaços que foram palco de ações armadas em Fortaleza nos anos 1970 e a espaços representativos para os grupos guerrilheiros que por aqui atuaram





Visita ao prédio que já abrigou a Polícia Federal em Fortaleza, hoje sede da Fundação de Cultura, Esporte e Turismo (FUNCET) - Prefeitura Municipal de Fortaleza. Na foto, placa afixada próximo às antigas celas da PF, atualmente, almoxarifado do órgão municipal




A cela que virou almoxarifado recebeu presos políticos durante o regime militar








Espaço representativo para os estudantes de esquerda: o CEU, Clube Estudantil Universitário, do qual hoje só a quadra restou - ao lado das salas de aula e do departamento de História da Universidade Federal do Ceará





Airton de Farias fala da organização entre os estudantes durante o regime: a percepção era a de que a revolução batia à porta e a luta armada era um imperativo da vanguarda. (Ao fundo, a torrinha do Centro de Humanidades II - UFC)





Enseada do Mucuripe (expropriação à Butano), Secretaria de Agricultura (expropriação de armas expostas no estande da polícia, na FENACE), Av. Monsenhor Tabosa (expropriação à Coca-Cola), foram alguns dos pontos visitados neste percurso


Percurso "O Theatro da Belle Époque"

O Theatro da Belle Époque

Em 2008, o Theatro José de Alencar comemora 100 anos do início de sua construção. Comemorar é reunir as pessoas para marcar festivamente algo comum às suas memórias. Um convite ao jogo da memória que se constitui de lembrar - mas também de esquecer - foi o mote deste mês de janeiro para a versão para grupos convidados do Percursos Urbanos. Revistamos a memória da cidade que, pela Ponte dos Ingleses, embarcou algodão e sementes e desembarcou libras esterlinas e influências culturais européias que mudaram sua face e introduziram novas formas de sociabilidade; a Fortaleza que há cerca de um século mandou-se embelezar abrindo ruas, prendendo mendigos e “loucos” em asilos e construindo espaços de lazer como o Passeio Público e uma suntuosa casa de espetáculos. A relação do quase centenário teatro com sua cidade ontem e hoje foi, entre outros, tema das conversar entre os participantes de 4 grupos convidados e profissionais da Mediação de Saberes, além claro, da instigante presença de Izabel Gurgel, diretora do Teatro José de Alencar.

Perambularam conosco neste janeiro de 2008 os grupos:
Alunos da EMEIF Prof. Jacinto Botelho (Maraponga)
Senhoras do Projeto Academia na Comunidade (Novo Barroso)
Grupo Amigos da Leitura - Projeto Eu sou Cidadão (Caucaia)
Alunos do Curso de Artes Cênicas de CEFET-Ce


Grupo de Senhoras do Projeto Academia na Comunidade - Núcleo Novo Barroso. Foyer do Teatro José de Alencar


Aproveitando pra posar nos jardins do teatro, projetados pelo paisagista Burle Marx


Conhecendo os bastidores do velho teatro: nos camarins do TJA



Breve explanação da monitora Nadja sobre o Passeio Público e as sociabilidades da Belle Époque


Alunos da EMEIF Prof. Jacinto Botelho - Maraponga. Perambulações pelo Passeio Público


Pausa pra flanar pela Avenida Caio Prado, a principal do Passeio, outrora reduto das classes mais abastadas da cidade. Nesses outros tempos, a dica é: experimentar diferentes as possibilidades de nossos espaços públicos: piqueniques, xadrez, leitura, descanço, ioga, encontros, esporte...


Conversa com Izabel Gurgel, diretora do TJA, sobre as possibilidades de lazer da Belle Époque


Finalizando o roteiro, visita à ponte dos Ingleses, por onde embarcou-se muito algodão e sementes oleoginosas e desembaram-se libras, informações culturais e a próprias estrutura de ferro do TJA



Exibir mapa ampliado

quinta-feira, 15 de maio de 2008

PerCurso "Sábado no Mangue"

Sábado no Mangue

Criado há dez anos por um grupo de amigos, no espaço de uma antiga barraca de praia, o Museu Natural do Mangue fica na boca da barra do Rio Cocó, em Sabiaguaba. Auto-sustentado, o Museu é uma iniciativa de cunho social e educativo, com três vertentes principais: meio ambiente, esporte e ecoturismo. Nesse percurso cujas inscrições foram hiper-concorridas pudemos ver no museu fósseis, animais taxidermizados, sementes do mangue, além de uma pequena biblioteca. A sensação dos participantes, contudo, foi a trilha pelo manguezal da Sabiaguaba, guiada pelo ambientalista Rusty Sá Barreto, que também é o mantenedor do pequeno museu à beira-mar. Finalizando a tarde, ainda tivemos uma mini-oficina de canoagem em caiaque que deixou nos participante a vontade de voltar e aproveitar mais desse espaço tão rico de possibilidades - para muita gente impensáveis(!) dentro da cidade de Fortaleza. Foi nio dia 26 de janeiro de 2008.





No caminho, uma ansiedade que só aumentava. Muita gente chegou cedo pra guardar lugar na fila e garantir vaga no roteiro mais esperado de janeiro!








Todo mundo queria um registrozinho...!







Palestra inicial com a Oceanógrafa Mônica, voluntária do Museu do Mangue











Antes de comerçar, participantes assinam um termo de responsabilidade, reconhecendo os possíveis riscos da atividade. Mas como diria o Belchior: "Viver é que é o grande perigo"










Momentos de preparação para a trilha. Respeito à natureza é a regra principal






E lá fomos nós...!











Percurseiro vencido pela duna é rebocado





Sequência de fotos do acervo do rústico Museu do Mangue



Exemplares da Fauna local conservados por meio da técnica da taxidermização







Peixes, mariscos, crustáceos, besouros: biodiversidade









Como diferenciar a fêmea do macho entre os caranguejos?







Examplar empalhado da fauna local exibindo orgulhoso (?) suas garras.










Pés devidamente batizados


Parada em uma das "estações" da trilha






"A cidade não pára/ A cidade só cresce / O de cima sobe...










...E o de baixo desce"








As raízaes aéreas do mangue ligam o chão aos céus







Ao fundo a ponte inacabada da Sabiaguaba: liga nada a coisa nenhuma










A toca do carangueijo













Em torno do Laboratório Vivo do Projeto Educar, pequena explanação sobre a fauna e a flora do manguezal












O Ambientalista Rusty Sá Barreto fala sobre os procedimentos a serem adotados durante a trilha pelo manguezal









A oficina de canoagem fechou nossa visita à Sabiaguaba: que tarde!
"O barquinho vai, a tardinha cai...." Já repararam como tem músicas de bossa nova falando em barquinhos e de fim-de-tarde?







Não é tão difícil como pode parecer: um pouquinho de equilíbrio e coordenação, coluna reta e pode ganhar as águas. O problema é que isso vicia...








Participante do PerCurso, ao pôr-do-sol de Sabiaguaba, durante a mini-oficina de canoagem em caiaque








Rusty Sá Barreto dá instruções para nossa experiência com o caiaque






Caranguejo só é peixe na enchente da maré?











Caminhada pela trilha do pé preto: passagem obrigatória e ponto do "batismo" dos que tomam o primeiro contato com o manguezal. Voltar lá é vontade geral!