A chamada "pós-modernidade" traz à cena do pensamento sociológico e filosófico a experiência do kitsch. A cultura do mau-gosto, do exagero, da imitação barata - em suma, do culto à aparência desprovida de conteúdo, é bastante antigo. O kitsch, dizendo de forma simples, é aquilo que podemos ter daquilo que não podemos ser... No PerCurso deste Sábado, observamos diferentes manifestações do brega-kitsch em nossa arquitetura e espaço urbano. Procuramos compreender o que torna esse fenômeno tão peculiar à nossa cidade que antecipara em muito o que só depois a civilização ocidental viria a conhecer (com a licença do exagero, evidentemente..).
domingo, 17 de maio de 2009
PerCurso "Uma Fortaleza Kitsch"
A chamada "pós-modernidade" traz à cena do pensamento sociológico e filosófico a experiência do kitsch. A cultura do mau-gosto, do exagero, da imitação barata - em suma, do culto à aparência desprovida de conteúdo, é bastante antigo. O kitsch, dizendo de forma simples, é aquilo que podemos ter daquilo que não podemos ser... No PerCurso deste Sábado, observamos diferentes manifestações do brega-kitsch em nossa arquitetura e espaço urbano. Procuramos compreender o que torna esse fenômeno tão peculiar à nossa cidade que antecipara em muito o que só depois a civilização ocidental viria a conhecer (com a licença do exagero, evidentemente..).
sexta-feira, 15 de maio de 2009
PerCurso "No Tempo em que o Futebol Andava de Trem "
Início do século XX. No Oeste de Fortaleza várias indústrias se instalam em busca de mão-de-obra barata. A região se povoa de operários e é na Estrada do Urubu, hoje Av. Francisco Sá, que funcionários da Rede de Viação Cearense, compelidos a prestar horas extra noturnas resolvem aproveitar o "intervalo forçado" entre um turno e outro para praticarem o foot-ball. A pelada dava dois times - Matapastos e Jurubeba – que depois formaram o Ferroviário Atlético Clube. O time operário tornou-se preferência óbvia entre militantes de esquerda e esse simbolismo chegou a eleger um vereador pelo Partido Comunista, logo caçado pelo golpe do Estado Novo. Neste percurso, realizado no dia em que o mais proletário dos clubes de Fortaleza completou 76 anos., descobrimos que operários praticavam futebol no Passeio Público já no início doséculo XX. Além do Passeio, fizemos uma parada em frente à CFN, local onde outrora estava a Oficina do Urubu da extinta RVC - Rede Viação Cearense . Foram os ferroviários dessa oficina que organizaramos times suburbanos que deram origem aoFerroviário Atlético Clube.
Dessa vez contamos com dois mediadores: Airton de Farias, historiador, autor de FERROVIÁRIO: Nos Trilhos da Vitória e o Evandro Ferreira Gomes, diretor de comunicação e pesquisador da história do Ferroviário Atlético Clube. Mas tivemos tambéma participação de dois convidados especiais que puderam enriquecer bastante nossa pequena incursão pelo mundo do futebol operário: o historiador Rodrigo Pinto, autor de uma pesquisa defendida no Mestrado em História Social da UFC, que enfocou o futebol operário, do Passeio Público ao Ferroviário e do jovem sociólogo Leonardo Carneiro, membro da Ultras Resistência Coral, torcida sui-generis que leva aos estádios bandeiras anti-homofóbicas, anti-machistas, contra a violência entre torcedores e em protesto às desigualdades sociais.
Um percurso em que se discutiu do futebol à política e que certamente contribuiu para entendermos um pouco mais as complexas relações que uma cidade produz...
PerCurso "Primeiras Impressões"
(realizado em 02 de maio de 2009)
Uma tarde em que o público conheceu os meandros do processo gráfico da xilogravura, desde o desenho até a impressão - tanto a manual e quanto a mecânica. Os participantes tiveram um momento para a apreciação das exposições em cartaz no CCBNB (Gravadores do Cariri e Gravura Contemporânea Brasileira) e também visitaram os ateliês dos artistas Júlio Silveira e de Gerson Ipirajá. Neste último espaço ainda pudemos experimentar a impressão de matrizes feitas por artistas e alunos de Ipirajá.
Sem imagens disponíveis
PerCurso "Messejana: Uma Aldeia que Virou Cidade"
Remanescente de uma Aldeia de índios potiguaras, Messejana, que já deteve status de cidade, hoje se configura apenas como distrito de Fortaleza, fazendo parte assim do tecido urbano da Capital. Contudo, como lugar antigo que é, Messejana ainda guarda resquícios de épocas passadas como por exemplo parte da casa que abrigou o romancista José de Alencar em sua infância e a Igreja Matriz que encontra-se no mesmo local desde o século XVIII. Além dos aspectos arquitetônicos, Messejana, através da bonita imagem e relevante significado de sua Lagoa, serve de ícone para a representação da natureza que insiste em sobreviver a modernidade. Dessa vez exploramos em meio ao caótico trânsito e ao desenfreado crescimento de sua área central, as nuances da metamorfose de uma aldeia que virou cidade.
Para este percurso convidamos dois moradores de Messejana, pai e filho, que se dedicam à memória do espaço em que aprenderam a maior parte de suas experiências sociais.
Francisco Edmar de Freitas - Poeta; Formado em Letras pela UECE; Pesquisador da História de Messejana; Pres. da Assoc. de Moradores de Messejana - AMME; autor de “Messejana, um lugar mágico” e “Poemas de Amor Messejana”
Felipe Alves de Freitas Neto - Graduando em História pela UECE; Pesquisador da História de Messejana e atualmente concluindo a monografia: "Muito além dos muros do Forte" - as dinâmicas que propiciaram a anexação do antigo município de Messejana a Fortaleza em 1921 e os seus desdobramentos.
Escutamos bastante o Bacharel em História Felipe Neto e seu pai, seu Edmar de Feritas, poeta, memorialista e presidente da Associação de Moradores de Messejana
Seu Edmar, fala sobre a Messejana dos Jesuítas, de José de Alencar, da sua juventude e dos dias de hoje
Lagoa de Messejana, hoje bem menor do que antes (foi aterrada) é um lugar de sociabilidade do bairro. Caminhadas, ginásticas, pescarias são usos comuns do espaço pelos moradores
* As fotos desta postagem nos foram enviadas por Josilene Fernandes, participante habitual do público do Percursos Urbanos.
PerCurso "A Mente Quieta, a Espinha Ereta e o Coração Tranqüilo"
Elementos das culturas indianas podem nos ajudar a conviver com a nossa cidade? Nesta tarde de sábado embarcamos no ônibus para conhecer espaços em Fortaleza usados para o aprendizado e para a prática de yoga, um milenar saber de integração de várias facetas da personalidade, da mente, do corpo e do espírito. Os participantes tiveram nasegunda parte do roteiro a oportunidade de praticar exercícios físicos de alongamentos, técnicas de meditação e de controle da agitação mental.
O mediador foi o Hélder de Lima, Instrutor de Yoga no Instituto Clara Luz e em outros espaços da cidade, com Formação Livre de Yoga (Maria Laura Packer), Curso de Extensão em Yoga ACEPY/UFC, Introdução à Medicina Ayurvédica e Bio-Psicologia – Instituto Visão Futuro/SP.
Cecran Mandala - Rua Marcondes Pereira, nº 1404, Dionísio Torres - Fone: 3227-3699
Espaço Clara Luz - Rua Coronel Linhares, 452, Meireles - Fortaleza - Ceará - 85 3224.9832
Outros espaços importantes:
Flor de Lótus – Aldeota –32681031
Vivekananda – Papicu – 32340789
Yoga Mudrá – Dionisio Torres – 32726667
* As fotos desta postagem nos foram enviadas por Élida Pricila (assim mesmo, sem "S"!!), participante habitual do PerCursos Urbanos e do clube amador de fotografia "Cafofo"