Neste sábado, 16 agosto de 2008, por motivos de força maior tivemos de adiar o roteiro sobre Comunicação Alternativa que ficou para o dia 6 de setembro. Em seu lugar realizamos um percurso parte de ônibus, parte de barco. Foi muito bom ver os participantes discutindo a Barra do Ceará ao fim da atividade.
Atraídos pela notícia de que os portugueses haviam localizado veios de prata na serra de Maranguape os holandeses resolvem subir de Pernambuco em direção ao Siará Grande. Tomam o pequeno forte às margens do rio Ceará, cujo curso utilizam como via de acesso às supostas riquezas. Neste percurso, refizemos parte desse trajeto de barco: não em busca do cobiçado metal, mas com os olhos atentos para perceber a rica biodiversidade do manguezal da Barra do Ceará, que foi apresentado por uma moradora da região, após uma aula de história às margens do velho rio.
Mediadores: Maria Tabosa, moradora da Barra do Ceará e profissionais da Mediação de Saberes
Mapa de trajeto realizado neste roteiro
Exibir mapa ampliado
Quando chegaram ao Ceará, em 1637, encontraram à margem esquerda do rio uma pequena fortificação portuguesa. Frágil e sem recursos bélicos para fazer frente a investida inimiga, o então Forte de São Sebastião foi facilmente dominado.
O pintor holandês Franz Post é o autor dos primeiros registros conhecidos do território que hoje compreende o município de Fortaleza. é um retrato do forte tomado por seus compatriotas às margens do rio Ceará.
O Capitão Matias Beck, entretanto achou melhor lugar para a construção de nova fortificação (Schoonenborch, às margens do Pajeú) e a região logo foi abandonada. O Historiador Raimundo Girão defende a tese ainda bastante aceita de que o núcelo de povoamento formado na barra do rio Ceará não teve continuidade histórica. Fortaleza não teria aí o seu berço, segundo Girão.
Ataualmente a Barra do Ceará é um das regiões mais populosas da cidade de Fortaleza. Problemas urbanísticos, sanitários, ambientais e socio-econômicos acomopanham o lugar há tempos. Ainda assim é um lugar belíssimo. Na imagem ao lado, embarcações atracadas no velho estaleiro.
De acordo com Maria Tabosa, operaram na Região duas Companhias Aéreas: a Condor e a Panair. Seus aviões desciam no rio e atracavam em um hidroporto (foto).
Já próximos à BR 222, a vegetação enchia os olhos.
As raízes aéras do mangue-branco (laguncularia racemosa).
O clima ameno do fim-de-tarde também contribuiu para um sabor especial a este percurso.
A vida se apresentava pulsante através dos aratus (goniopsis cruentata) subindo e descendo as raízes e troncos do mangue...
... ou das vôo das garças que muitas vezes atravessava o caminho do barco.
O mangue-branco.
Vista das ruína do hidroporto.
O Percurso chegando ao final...
Percurseiros depedem-se.
Logo após o desembarque percurseiros fazem ainda perguntas aos mediadores para em seguida retornar ao ônibus e ao Centro Cultural Banco do Nordeste.
Participantes percorrem de barco o rio Ceará e fazem perguntas sobre a região.
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